Me pego olhando essas fotos nessas nostálgicas madrugadas
quentes de mais um breve nascer do sol que logo também se despedirá. A vida de
um coração reprimido e pulsante se desespera numa eterna busca por algum
sentido que nos exploda de uma vez por todas em fogos de artifícios agradáveis
de olhar – mas que se vão em um sopro qualquer de um vento cortante.
- Feche a porta e pare com essa ilusão de querer me fazer
sonhar.
Faz tanto tempo que eu já nem sei o que senti. Meu peito se
contorce em um choro perdido dentre os lençóis de uma infância esquecida. Nem só
de cirandas sobrevive uma criança.
Minha alma grita nesse silêncio ensurdecedor. Abri a cova de
uma história sepultada: vidas enterradas. Não se pode comprar a luz que
adormece as trevas de um jardim secreto.
Eu convidei o céu para morar na minha terra...