sábado, 28 de maio de 2011

A Busca

As pinturas estão sorrindo
As paredes derretendo
Eu não vejo você agora
Não escolhi
Apenas segui
Já não sei fazer sentido
As falas possuem Eus
No plural me encontro
Dentro de meus devaneios
A camisa de força
Da minha própria mente
Corações vazios
A procura da metade
O outro não existe
Só se é completo no ar
Desencontros do meu Eu
Na eterna busca por mim mesma
Só quero ser
Apenas ser
Só ser
Mas as pinturas estão sorrindo
E as paredes estão derretendo
Onde está você agora?

Olhe para o céu
As estrelas estão chorando

Aqui está você
Desencontros do meu Eu
Na eterna busca por mim mesma
Onde está você agora?

Deixe Estar

Beatles se espalha pelo cômodo
Preenche o que já se foi
Corações partidos
Mentes equivocadas
Dúvidas certas
Deixe estar

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quem Espera?

Deitados na rede imaginária
A lua sorriu
Sua luz feriu
O que já não existia mais
Seu destino
Tecido por aranhas
O veneno penetra minhas entranhas
Almas corrompidas
Pelo cordão que as envolve
Mentes cuspidas
Pelo arbítrio que sofre
Consequências implantadas
Teorias inventadas
Selfs reduzidos em nada
Sorrisos encantados
Olhares penetrados
Corpos flutuando
Egos se negando
Seguindo a mesma melodia
Daqueles que não sentem
Emoções destruídas
Personalidades feridas
E em um grito acordará
Quem espera
O sol sorriu
Sua luz feriu
O ponteiro que não existe
Dos números inventados
De trás pra frente
O mundo dos espelhos
O reflexo alterado
Sociedades transformadas
E em um grito ao contrário
Quem espera?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Queria Eu

Queria eu, ter o dom de escrever quem sou.
Só sei que sou, e sou.

Minha mente não para.
Meu coração, pela velocidade que pulsa, sente dor.

Não sei sentir como deveria.
Não sei dizer como gostaria.

Me expresso em um labirinto de palavras, me perdendo de mim mesma.
Em Allan Poe, Fernando Pessoa e Lispector, me achei.

As pausas me encantam, o mistério me fascina.
Sou mulher e sou menina.

Deste mundo não pertenço, não encontro o meu lugar.
Me estudo, mas não sei acreditar.

Em mim, tento achar sentido; mas a certeza de que vim para confundir me domina.
Freud, me explica?

É.
Queria eu, ter o dom de saber quem sou.



P.S.: Escrevi esse texto há 2 anos atrás

terça-feira, 3 de maio de 2011

Necessário


O blog é apenas para que eu possa desabafar por meio de entrelinhas.
Pense, pense, pense. Duvide.
As palavras engasgadas não são ditas à toa. O vento leva com facilidade apenas o que pode ser levado.
Não aplauda o que não entende, o que estão aplaudindo com fervor. Não admire apenas, mas sinta e se deixe sentir.
Chega de deixar as cordas te conduzirem para onde querem que vá. Chega de acreditar falsamente que é livre. Você pensa em agir, em mudar, e o ponteiro do relógio continua fazendo tique-taques.
O tempo não é infinito. O tempo é aqui, e agora. O fim te espera ansiosamente.
E então, seguirá com as mãos nos olhos? O destino não é feito de coicidências.
Pense, pense, pense. Duvide.


P.S.: nunca pensei em usar essa página para falar de maneira direta e pessoal. Mas sinto a necessidade de implantar urgentemente as interrogações nesse mundo farto de pontos finais. Nem tudo escrito é hobbie.

Quem é você?

A perfeição de um compasso
Ditando a grande metáfora
Do eterno ciclo vicioso
Dizem que é evolução
Mas só enxergo animais
Estão devorando suas entranhas
Ouço o seu grito de prazer
Eu quero mais
A dor satisfaz
Do outro lado do espelho
Você sorri
Está ao contrário
Programado pelas máquinas
Repete o que vê
Não mais se lê
Quem dita é a TV
Quem é você?
A infância sumiu
Tragados no ar
É fácil quando ainda se é
Os olhos estão girando
Uma espiral envolve
A sublime hipnose
Onde se escondeu?
Tudo que vejo são xerox
Robôs ambulantes
Donos da eterna mentira
Da verdade que são
Não se é sem ser
Não se é sem saber
Vomite-se
Procure-se
O eterno pique-esconde de si mesmo
Corra para não ser pego
Do controle descontrolado
Implantado em sua garganta
Os mortos estão morrendo
Acreditando em sua vida
A realidade implantada
Os desejos ensaiados
O começo de um fim
Bem-vindo
A Nova Era te espera
Quem de fato é você?
Que em tudo crê
Que nada vê
Que se atrofia quando lê
E que apenas segue
O que te dizem para ser
Afinal, quem é você?