terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ela Jurou

Sufocada por esse instantâneo sentimento
Quem sou eu para duvidar?
Os caminhos também se multiplicam assim
As longas estradas cuspidas em mim
As flores choram estúpidas escolhas
Colhendo o sol que nasce da terra
Engolindo o espinho que sofre a dúvida
Os pontos não se diferem mais
As mesmas respostas para o jovem rapaz
O beco sem saída tem fim
Quem há de duvidar de mim?
As rimas prontas para acusar
A arte que se faz sem amar

Ela jurou
A palavra preferida da eterna contradição
O paradoxo dos que se foram e ainda estão
Oh, ela jurou que não

Gira, gira, gira
A roda feita para exaltar
Os cabelos se entrelaçam
Nesse laço desfeito
Que faz o espírito gritar
Memórias corrompidas
Sorrisos quebrados
Lembranças produzidas
Pecados, pecados

O fogo traduz o silêncio
Dos que ardem sem queimar
Dos que calam ao falar
Dos que vivem sem amar

O céu respira mais uma vez
A verdade se transforma
A mentira sorriu novamente
A palavra preferida da eterna contradição
O paradoxo dos que se foram e ainda estão

Ela jurou
Oh, ela jurou que não

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