Se parar pra me analisar, vai entender que não sou quem digo ser.
Porque eu nunca tenho o que dizer, baby.
Sempre tão cheia de falar.
Sempre tão cheia pra falar.
Se parar de me analisar, vai entender que eu sou tudo que digo ser.
Porque eu sempre tenho o que dizer, baby.
Sempre tão cheia de falar.
Sempre tão cheia pra falar.
A garotinha está crescendo e a mulher não para de retroceder.
Sempre no extremo caindo do abismo.
Sempre tudo.
Sempre nada.
Às vezes me pego pulando de um prédio ao contrário.
Sempre subindo de volta, rebobinando a fita.
Falta coragem.
Falta vontade.
Dividida, nunca sei quem sou.
Sempre trocando as falas.
Sempre trocando as malas.
Sente-se na mesa e veja com quem está falando.
Quantas máscaras se escondem atrás das máscaras?
Quantos gritos se escondem atrás do silêncio?
É o seu silêncio que alimenta o que há muito já foi silenciado.
Discutindo comigo mesma, minhas almas nunca chegam a uma conclusão.
Brigando para falar, sempre troco de opinião.
E você silencia.
No silêncio
Ele pulou
Do alto do nada
Se entregou
Com as mãos erguidas
Nunca sabe o que dizer
Porque está sempre se entregando
Sempre se entregando
Está sempre se entregando
Sempre se entregando
Se soubesse porque
Dou ênfase
Entenderia
Mas não
Preferem a vaidade de buscar o erro
A entender a verdade
Porque uma criança nunca tem
O que dizer
Será?
O que dizer?
E você silencia.
É o seu silêncio que alimenta o que há muito já foi silenciado.
Beeem trágico, hein?
ResponderExcluirSerá?
ResponderExcluirSim. É uma briga de um só lado. E isso é pior do que ter um inimigo, não ter com quem brigar, com quem fazer a dialética. Acabamos então discutindo com nós mesmos.
ResponderExcluirAo invés de ouvimos o comentário do outro, ficamos com o silêncio. Isso mexe com nosso ego e nossa carência, e nos deixa mais dúvidas do que uma resposta contrastante a nossas ideias. Por isso Sócrates não gostava de livros: não tinha como ser replicado.
Bom, foi isso que tirei de seu texto.
Oi! Irmae Grande e a sofia : D :) :) ♥ ♥ ﺎ٥√ﻉ ﻻ٥ن
ResponderExcluir