segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Como Um Pássaro

Sou como um pássaro.
Gosto de voar.
Gosto de bater minhas asas por todo lugar.
Gosto de liberdade.
Gosto de ser livre em minha própria vontade.
Não gosto que me prendam em gaiolas.
Nem que me enganem com grãos e acerolas.
"Lua" foi a primeira palavra que piei.
Fui o último a me sustentar em minhas asas.
O arco-íris foi o último lugar em que pisei.
Me aproximo devagarinho de quem me chama a atenção.
Só não tente me conquistar pegando na mão.
Porque assim eu fico bravo.
E bico.
E fujo.
Passarinho que sou, gosto de assobiar.
Chego às vezes a te irritar.
Mas sou e vivo de melodia.
De que outra maneira poderia alegrar o seu dia?
Prezo por meus momentos de solidão.
Pois assim posso sentir melhor meu coração.
Mas não desprezo minha companhia.
São eles a minha estrela-guia.
O Sol e a Lua são meus companheiros.
Não deixo de admirar como são guerreiros.
Apenas num eclipse que se encontram completamente.
E ainda assim, se amam eternamente.
Olhos curiosos me observam todos os dias.
Gosto da atenção, só não gosto das rebeldias.
Por estar sempre voando,
vivo me desencontrando.
De mim.
De você.
Mas como todo bom pássaro, gosto de ter meu próprio ninho.
De fazer amor a noite inteira, e receber carinho.
O dia amanhece e tudo começa novamente.
Quando você abre os olhos, vê que fui embora de repente.
Não me leve a mal, o problema não é com você.
É que, bem, você sabe...
Sou como um pássaro.
Gosto de voar.
Gosto de bater minhas asas por todo lugar.
Gosto de liberdade.
Gosto de ser livre em minha própria vontade.

2 comentários:

  1. Olá Eduarda, gostei muito do poema, logo que li, lembre de um outro blogueiro que escreve muito parecido com você, acho que pode gostar, acesse o blogue dele, ele é de Salvador. O link é http://fituh.blogspot.com/
    Espero que goste!
    Abraços,

    Sérgio Salles

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  2. Duda, qto tempo!

    Assim que li essas suas palavras, lembrei de algo que escrevi há algum tempo, e que se assemelha muito em conteúdo:

    =-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

    Na vida aprendi

    Coisa que não aprendi na vida
    É a esperar pela vida.
    Não atoa tenho duas pernas,
    E não faço fotossíntese.
    Por isso não gosto de gente-árvore.

    Coisa que aprendi na vida
    É voar como passarinho.
    Por isso fecho os olhos,
    E não faço nada; imagino.
    Por isso gosto de beija-flor.

    =-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

    Belas palavras as suas, aliás. Você faz algo que eu não costumo fazer tanto em meus escritos: é direta! Eu faço rodeios, floreios... qualquer dia, sendo de interesse, partilho de outros versos meus.
    bjos

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