terça-feira, 8 de outubro de 2013

"Oi"

E esse coração,
que quase sem pulsar,
chiava com pesar,
o choro da manhã que não nasceu.
Olhando para o alto,
os olhos semicerrados:
a carne já não suporta a luz,
quando se entrega às trevas.
"Oi", ressoei.
O céu parou,
as trombetas soaram,
enquanto o vento,
E as nuvens,
Em uníssono, cantavam:
Bem-vinda.
Bem-me-quer, bem-me-quer.
A manhã do sol nasceu,
parindo o desabrochar das flores,
pássaros cantando,
borboletas a cirandar.
"Oi", ressoou-me de volta.
O dia que a terra dançou,
e o céu parou pra me abraçar.

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