E onde chegamos, afinal? As luzes se apagam no fim do túnel, e borrões atormentam minha mente - ausente do brilho impedido pela própria cegueira. Tantas constantes perguntas se formulam, já não sei quem escreve por meio desta frágil carne. Tantas almas nascem pelas sementes paridas nas palavras. Abandonados pelo singular, passivos de um plural sem sonhos.
Meu espírito viaja por esses lugares desconhecidos, talvez em busca de sentido, talvez em busca de nada. Perdida dentro de meu próprio labirinto, choro as lágrimas secas que insistem em não cair. As noites sufocam meus seres, sublimados pela arte fingida que insiste em se criar: pseudônimos de um nome só. Oh, não.
Tantas interrogações se expõem nos quadros, artistas em desespero de criar o pensar, frustrados pela ausência coletiva do sentir em sociedades que se anulam por um pedaço de papel. Cadê você, e cadê Eu?
(...) E onde chegamos, afinal?
As noites inspiram o vômito de um insight qualquer.
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