quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Eterna Contradição

Seu sorriso transformou as nuvens, e agora elas se vão na mesma direção.
Deitada na grama ao seu lado, o céu está limpo novamente. As estrelas se esconderam em seus olhos. Como brilham os seus olhos.
E eu sei que a música é o que nos resta, porque toda vez que te vejo, meus olhos cantam o quanto quero olhar pra você. E o seu violão não sai dos meus pensamentos, e aquilo que não aconteceu não sai do meu coração. Já nem sei mais se devo, ou se não.
Te uso por inspiração, porque, querido, você é o meu raio de sol quando as nuvens não me deixam sentir.
E a gramática já não tem importância quando tudo que quero é te fazer sentir como eu sinto. E os espinhos das rosas me fazem sorrir, porque, querido, nós somos a eterna contradição do que é belo.

Tire esses óculos, porque, querido, as estrelas se esconderam em seus olhos. Como brilham os seus olhos...

As flores murchas; as folhas no chão; as paredes descascadas; o colchão no piso; a respiração sufocada; a maquiagem borrada; as meias furadas; as luzes que cegam; as lágrimas caindo; o sangue escorrendo; eu; você; porque, querido, nós somos a eterna contradição do que é belo.

Um comentário:

  1. MUITO BOM!!! Nossa, que texto lindo! Parabéns Eduarda :) beijoo..

    andreakopper.blogspot.com

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