Um desabafo necessário para não cair em demasiada loucura. É.
Mais uma madrugada me chama, e meus impulsos me guiam para o teclado que tecla sem parar. Às vezes me canso de pensar para escrever, quando tudo que quero é gritar silenciosamente, fingindo arte onde existe apenas a dor.
Às vezes me canso de mim também. Dos meus hábitos, dos meus princípios. Me viro do avesso, e me desconheço novamente - para que possa me conhecer melhor.
Essas noites me roubam o senso, e me permitem ser o que sou. Tantas máscaras se escondem por trás das máscaras - a farsa também é real. A sinceridade é mentira quando estamos ao contrário.
Como pode alguém me conhecer, se nem ao menos descobri quem sou? Sou o que sinto, mas sinto tanto... Sou uma confusão de fios que se encontram em seus desencontros. Sou um pedaço de todos os quadros, um quebra-cabeça sem fim, todas as canções tocadas ao contrário, sou um montão dentro de mim.
Me perco dentro de meus devaneios, rimo sem querer, e às vezes sinto vontade de morrer. O que é a vida, senão um pedaço de papel esperando para ser escrito? Os malditos escritores somos nós, e eu não gosto dos refrões repetidos constantemente em conjunto. Todos cantam as mesmas canções, leem os mais vendidos, gozam em qualquer buraco, e se importam em fazer sentido.
Já não sei o que digo, me tornei um best-seller em liquidação.
Olá novamente, aqui sou eu, sem mim.
Sem fim...
Não Há Descoberta sem Transgressão
ResponderExcluirNão existe vida sem descobertas
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