sábado, 5 de novembro de 2011

Ao Contrário

A garota dentro do espelho me observa
Cantando as músicas implantadas
Seus olhos arrancados pelo ódio
Ela chora o pacto de não pertencer
Deseja o sangue que escorre da alma
A alma recolhida que hoje sofre ao contrário
O avesso de ser
As máscaras rasgam as entranhas
Dos que apenas desejam voar
As estrelas se esconderam nas nuvens
O céu está nu
Chorando o que não aconteceu
Esperando o que acontecerá
Os sorrisos apagados
Me alertam a sua chegada
O despreparo me enfrenta
Todos os dias sangro por ser
A escolha no infinito
Presa em meu clichê
O grito rasga a alma
Que alerta o eterno adeus do sol
Que se despede sem um beijo
Em seus acenos de não-vá-embora

Fique,
Estamos só nós dois agora: eu e minha utopia

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