sábado, 21 de janeiro de 2012

Odeio você

Você me olha. Me olha de novo. E de novo.
Se assusta, vira o rosto. Ruboriza.
Seus olhos se esbarram nos meus olhos.
Vira as costas, se vai.
Volta.
Conversa, desconversa, sorri.
Olha para o lado, finge procurar.
Olha nos meus olhos. Ruborizo.
Os olhos caem num olhar vagabundo.
Esse olhar vagabundo...

Você me assusta, dispara meu coração, seca a minha boca, me rouba a respiração. Você diz que sim, e logo diz que não. Você invade os meus sonhos, meus pesadelos, e todos os meus pensamentos. Você e esse seu poder de me levar aos extremos, de trazer o meu avesso, de revirar meus olhos.

Odeio você.
Odeio o seu cabelo, as suas roupas, o seu jeito de falar. Odeio a sua segurança tão insegura, e as marcas que o seu sorriso provoca. Odeio suas mãos que me acariciam, e os seus beijos que me tiram o fôlego. Odeio o seu medo de estar ao meu lado, de sentir o que sente quando me vê sorrir. Odeio as músicas que ouve, os lugares que frequenta, as gírias que fala, a timidez de se aproximar. Odeio os textos que escrevo quando penso em você.
Odeio tanto você por não conseguir em momento nenhum, nem por um segundo, simplesmente te odiar.

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